O senador Aécio Neves (PSDB) fez seu primeiro pronunciamento nesta quarta-feira, no Senado, para um Plenário lotado, levantando os ânimos de senadores da base governista. O discurso foi elogiado por vários senadores por seu caráter democrático e ''elegante'', como frisaram diversos parlamentares, mas o que se viu nas réplicas ao pronunciamento foi a distribuição de vários ''tapas de luvas'' entre os integrantes da base aliada e da oposição.
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Aécio destacou também a necessidade da oposição de se posicionar de forma mais firme no Congresso, uma posição que tem adotado desde a época de campanha. ''Não confundo agressividade com firmeza, não confundo adversário com inimigo. Os que ainda não me conhecem bem e acham que vão encontrar em mim tolerância diante dos erros praticados pelo governo também vão se decepcionar'', disse o senador.
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O pronunciamento provocou a reação imediata de parlamentares da base aliada, que já chegaram ao Senado armados para rebater as críticas ao governo. A senadora Gleisi Hoffmann (PT/PR) foi a primeira a fazer um aparte ao discurso do tucano, afirmando que ele havia omitido, entre os ''feitos'' do governo Fernando Henrique Cardoso, a aprovação ''escandalosa'' da emenda que permitiu a reeleição e a privatização de diversas estatais a preços baixos.
Moderado
Apesar das críticas feitas ao governo Lula, Aécio reconheceu a contribuição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o crescimento do país e evitou fazer ataques pessoais aos integrantes do PT. Coube ao ex-presidente Itamar Franco, em seu aparte, se posicionar de forma mais contundente contra o governo. Ele reclamou que a posição está ''aquietada'' no Congresso e que a agenda de votações do Senado está tomada pelos projetos de interesse do governo. ''A situação não quer debater, ela só vem aqui para votar o que o governo quer'', afirmou Itamar.