A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) protocolou, nesta quarta-feira, sua defesa no processo de cassação que tramita contra ela no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Ao sair do Congresso, a deputada falou brevemente com a imprensa e não quis se manifestar sobre as denúncias, falou apenas que está com a ''consciência limpa''. Ela também afirmou que não vai renunciar ao mandato. A defesa apresentada nesta quarta-feira refere-se ao aditivo que o Psol fez à representaçãocontra ela, sobre a denúncia de uso irregular da verba indenizatória da Câmara. Segundo divulgou a imprensa, Jaqueline teria usado o recurso para pagar despesas de um imóvel de propriedade de seu marido, Manoel Neto. Segundo advogados da deputada, o imóvel era usado como escritório político de Jaqueline.
Jaqueline afirmou não ter a intenção de "procrastinar" a investigação contra ela. Ela disse que estava em tratamento médico e citou os problemas de saúde que seu pai, Joaquim Roriz, enfrentou. A deputada disse também que voltará ao trabalho. Ela se recusou por diversas vezes a responder perguntas sobre quais explicações poderia dar a seus eleitores. O advogado da parlamentar insistiu na tese de que a deputada não pode ser investigada pelo Conselho porque a gravação é de 2006. "Nós insistimos na tese de que não cabe ao Conselho de Ética apurar fatos que não sejam do exercício de mandato de deputado federal. Esse fato não se apura assim, tem que ser apurado no Supremo Tribunal Federal com a colaboração do Ministério Público", disse Alckmin. A defesa até agora não falou sobre o mérito da denúncia no Conselho de Ética. Na única vez que se pronunciou sobre o tema, a parlamentar admitiu, por meio de nota ter feito caixa dois.