A sinalização do Senado para o financiamento público de campanha deixou receosas as legendas que sofreram redução de votos na última eleição. Se a proposta passar no plenário da Casa e ganhar a Câmara, os partidos que registraram baixa votação no pleito proporcional de 2010 serão os mais prejudicados. Para superar o impasse, parlamentares discutem a possibilidade de criar limite de gastos por partidos, para corrigir a distorção que o sistema criará entre as siglas.
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O modelo aprovado na Comissão de Reforma Política do Senado deve ser combinado à lista fechada, item que estará no texto que irá a plenário ainda neste semestre. “Não tem disputa entre os candidatos. A propaganda é uma só, o cartaz é um só. O custo de R$ 1,5 milhão cairia para R$ 300 mil”, defendeu Dias.
Com o financiamento público, as legendas ganhariam recursos no fundo partidário. Este ano, o fundo consumirá R$ 150 milhões. A estimativa do governo, que patrocina a proposta, é que o incremento no fundo seria de R$ 300 milhões se o modelo já estivesse valendo em 2012. A distribuição das verbas continuaria sendo calculada com base no número de votos alcançados pelas siglas nas eleições proporcionais.