Em entrevista exclusiva ao Em.com, a ministra destacou que, "neste momento, o que pode ser feito é pensar que fatos como esses devem despertar a solidariedade para com as crianças hospitalizadas, que são a prioridade agora". Maria do Rosário ponderou ainda que "sempre é possível que fatos como esses possam vir a ser repercutidos por outras figuras, com igual atitude violenta", e alertou para que as seguranças nas escolas do páis sejam "fortes" nos dias que se seguem.
Após a sessão solene, Maria do Rosário participaria de uma coletiva à imprensa, mas encerrou o pronunciamento logo no início, alegando lamentar, em nome da Presidente Dilma Rousseff, a tragédia desta quinta. Durante a reunião na CMBH, a ministradisse que os veículos de comunicação têm abordado de forma inadequada a exploração sexual de menores. "Estamos diante de um processo de pedofilização da sociedade. Nas ruas, as pessoas acham normal, por ver na televisão", destacou.
A ministra comentou também, de forma geral, o Plano Nacional de Direitos Humanos, do governo federal, mencionando esforços para combater a violência não somente contra as crianças, mas também contra idosos, deficientes físicos e homossexuais. A vinda da ministra foi intermediada pela vereadora Neusinha Santos (PT), que participou em Brasília do Conselho das Cidades (Ministério das Cidades) como coordenadora-geral da Frente Nacional de Vereadores pela Reforma Urbana (Fenavru).
Maria do Rosário chegou à Câmara Municipal de BH por volta das 10h, quando foi recebida pelo presidente da Casa, vereador Léo Burguês (PSDB). Durante a tarde, Maria do Rosário iria inaugurar o Centro Nacional dos Direitos Humanos das Pessoas em Situação de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis e participaria de reunião sobre a instalação de Unidades Interligadas entre cartórios e maternidades, mas todos os compromissos em Minas foram cancelados. A ministra está a caminho do aeroporto de Confins, rumo ao Rio de Janeiro.