Jornal Estado de Minas

Mobilidade urbana

Prefeituras buscam verbas do PAC 2

Marcelo da Fonseca
Metrô em BH: cidades da Região Metropolitana sonham com esse tipo de transporte para desafogar trânsito - Foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press - 10/2/11Com seus municípios excluídos do Programa de Aceleração do Crescimento 2 – Mobilidade Urbana (PAC 2), prefeitos de grandes cidades brasileiras reclamam do critério adotado pelo governo federal para decidir quem pode participar ou não do programa. O edital definiu que apenas os municípios com mais de 700 mil habitantes poderiam concorrer às verbas, deixando de fora oito capitais e grandes cidades brasileiras. Municípios das regiões metropolitanas podem ter seus projetos incluídos, mas as obras devem, obrigatoriamente, beneficiar as cidades sedes da Copa para serem aceitas.
O prefeito de Vitória e presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), João Coser (PT), apontou a ausência de recursos para muitos aglomerados urbanos como principal pendência do programa. “Vamos pedir um tratamento diferenciado”, afirmou João. A capital do Espírito Santo tem 325 mil habitantes. Na região metropolitana, o total é de 1,6 milhão de pessoas.

O ministério informou, por meio da Assessoria de Comunicação, que o limite de habitantes estabelecido para que os municípios participem do programa foi baseado em estudos que consideraram os locais com maior gargalo no transporte.

Preocupação

Apesar da chance de entrar indiretamente nas ações do programa, caso as obras de ampliação do metrô cheguem até Contagem, a limitação baseada no número mínimo de habitantes também é preocupação para a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT). “O corte estabelecido de 700 mil habitantes deixa muitas cidades importantes sem atendimento. Queremos discutir a ampliação do programa, para que outros municípios não sejam esquecidos e mais obras possam também ser incluídas futuramente”, disse Marília. Contagem tem mais de 600 mil habitantes.

A expectativa de que Betim seja incluído no PAC 2 é grande por parte da prefeita Maria do Carmo Lara (PT), que encaminhou uma Carta ao governo apontando a importância da expansão do metrô para a região metropolitana. “Desde que assumi a prefeitura, venho conversando muito com a Dilma, ainda quando era ministra do Lula, sobre o projeto. Já demos o primeiro passo para que essa obra, que é muito grande e cara, possa sair do papel, e será fundamental que a União, o estado e os municípios trabalhem juntos. Independentemente de termos menos de 700 mil habitantes, a dimensão da obra trará benefícios para toda a região metropolitana”, afirma.