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Prova para alunos da rede estadual irrita aliados de LulaCharge ofensiva a Lula rende outra polêmicaCronograma não muda
Com a decisão de suspensão do uso do banco de dados, que soma cerca de 56 mil questões, os professores serão obrigados a, como antigamente, formular as questões de cada prova. A Secretaria de Educação garantiu que os exames, tanto os da grade normal, como os do PAAE, feitos no início e ao final de cada ano, serão aplicados normalmente.
O banco de dados foi montado por uma empresa terceirizada. A secretaria, no entanto, preferiu não divulgar o nome do fornecedor do material e assumiu toda a culpa pelo episódio. Conforme a assessoria da secretaria, a questão foi incluída no banco no período entre 2007 e 2009 e, durante esses três anos, não ocorreu uma revisão do conteúdo. A partir de 2010, tudo o que foi incluído no banco foi revisto. A secretaria diz ser praxe não utilizar questões que remetam a aspectos religiosos, ideológicos e raciais.
O professor de história Frederico Alves Pinho, 31 anos, contratado pela empresa que montou o banco de dados da Secretaria de Educação e autor da questão que gerou toda a polêmica, contesta as críticas feitas pelo PT mineiro e outros partidos da oposição. Segundo Frederico, o material foi elaborado em 2007 e não tinha como intenção fazer qualquer juízo de valor negativo sobre o governo do então presidente Lula. Conforme o professor, a nota do PT mineiro contestando a questão sugere que ela foi feita de maneira deliberada pelo governo tucano para difamar a imagem de Lula e dos petistas. “Isso não é verdade.”
Formado em história pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Frederico afirma não haver na questão “nenhuma intenção subjacente a não ser fazer os alunos pensarem a respeito dos embates que existem na arena política”. Segundo o professor, a questão pede que seja feita uma análise da charge e tinha tudo a ver com o momento em que foi elaborada e publicada pela primeira vez em uma prova do PAAE. “A resposta não foi colocada como verdade histórica, mas ela é a melhor interpretação para a charge publicada”, defende Frederico. “Fui e sou eleitor do Partido dos Trabalhadores”, afirma.