Amigos, como o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B), e o deputado Márcio Macêdo (PT-SE), que têm mantido contato com Dutra, afirmam que ele teve um estresse fortíssimo por causa da sobrecarga de trabalho. E que eles mesmos o aconselharam “a dar um tempo” até se recuperar. “Eu sugeri que ele desligasse o telefone, porque um político gasta parte de sua vida e de suas energias ao telefone”, contou Déda.
O fato é que, com a ausência de Dutra, três movimentos estão em curso nos bastidores do PT. “A maioria tem confiança de que Dutra voltará ao comando do partido”, afirmou o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação. O grupo Mensagem ao Partido, que conta com o governador do RS, Tarso Genro, procura levar o secretário-geral, Elói Pietá, para o cargo de Dutra.
O grupo ligado ao próprio Dutra pensa em outra saída, caso o afastamento dele venha a se prolongar. O chamado Construindo um Novo Brasil trabalha com o nome do senador Humberto Costa (PE). Amigo de Dutra, ele manteria a linha do atual comando e serviria para ajustar internamente a bancada do Senado. Além disso, a troca manteria a presidência da legenda com o PT do Nordeste.