O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou nesta terça-feira que a liberação de um terço dos funcionários de seu gabinete da obrigação de bater ponto foi um "bom exemplo". A afirmação se baseia no fato de que alguns colegas liberaram todos os seus subordinados da obrigação. O Senado gastou cerca de R$ 1,2 milhão para instalar um sistema de registro de frequência no qual o servidor é identificado pela impressão digital.
Sarney disse ainda não se sentir "responsável" pela liberação. Apesar de os funcionários serem seus, ele afirmou que cabe ao chefe de seu gabinete decidir quem deve cumprir a norma de bater ponto. "Eu acho que não sou o responsável, cada um de nós tem diretores dos seus gabinetes (...) Foi o diretor do gabinete quem liberou, não fui eu quem liberou, foi o diretor quem liberou, muito restritamente. Foram poucos funcionários".
O presidente da Casa afirmou que os servidores liberados da obrigação desenvolvem atividades externas ao gabinete. "São aqueles encarregados da interligação com ministérios e que têm trabalhos que não se desenvolvem só dentro do gabinete. Eles cumprem o horário e são sujeitos à fiscalização do ponto, mas têm atividade externa ao gabinete".