Sandro Mabel não soube precisar o custo da medida que, na sua opinião, pode ser implementado por etapas, começando pelas escolas maiores e com mais riscos. Ele reconhece que os detectores não impedirão, por exemplo, "que alguém jogue a arma por cima do muro". "Tudo isso é possível, mas a intenção é dificultar. Se tivesse um detector de metais na escola, ele teria mais dificuldade para entrar e fazer o estrago que fez", afirma, referindo-se a Wellington Menezes de Oliveira, que matou a tiros 12 alunos na escola Tasso da Silveira, em Realengo no Rio de Janeiro.
O deputado admitiu que teve ajuda financeira da indústria de armas na sua campanha, mas não soube dizer se há também fabricantes de detectores de metais. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele recebeu três contribuições da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições no valor total de R$ 160 mil.
Presente à reunião de líderes, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) informou que o procedimento na Casa, depois da Semana Santa, será o de priorizar a votação de propostas relacionadas à saúde e só depois as de segurança pública. "Todos os projetos da saúde serão votados, aprovados ou rejeitados, inclusive os que estiverem parados na comissão". Sobre os detectores de metais, ele reconhece que a medida não resolve a situação, mas que se trata de "uma contribuição, porque favorece a segurança".