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Estado de Minas

FHC diz que oposição tem que aprender a ''vender o peixe''


postado em 12/04/2011 15:12 / atualizado em 12/04/2011 16:31

Enquanto a oposição busca um caminho para fazer frente ao governo Dilma, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) não tem se furtado a dar palpites. Em um artigo que será publicado na revista Interesse Nacional, mas que foi divulgado na internet nesta terça-feira, o tucano aponta os erros da oposição, faz propostas para que ela se reorganize e critica o que ele chama de ''lulopetismo''.

No artigo, FHC diz que a oposição tem que se aproximar mais das questões cotidianas e tem que aprender a ''vender seu peixe'' para a população. ''Se tomarmos como alvo, por exemplo, o atraso nas obras necessárias para a realização da Copa e especializarmos três ou quatro parlamentares ou técnicos para martelar no dia-a-dia, nos discursos e na internet, o quanto não se avança nestas áreas (...) e se mostrarmos à população como ela está sendo diretamente prejudicada pelo estilo petista de política, suscitamos o interesse popular e ao mesmo tempo oferecemos alternativas'', diz o tucano no texto.

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O ex-presidente também defende uma aproximação da oposição com a ''nova classe média''. Segundo FHC, essa classe, apesar de não fazer parte do jogo político tradicional, está antenada nas questões políticas, muitas vezes à margem da grande mídia - nas redes sociais e em blogs, por exemplo. No texto, FHC diz que não adianta o PSDB e os outros partidos da oposição tentarem disputar a adesão do ''povão'' ou dos movimentos sociais, nichos que o PT tradicionalmente já domina. ''O governo ''aparelhou'', cooptou com benesses e recursos as principais centrais sindicais e os movimentos organizados da sociedade civil e dispõe de mecanismos de concessão de benesses às massas carentes mais eficazes do que a palavra dos oposicionistas, além da influência que exerce na mídia com as verbas publicitárias'', justifica o tucano.

Dilma x Lula

No artigo, apesar de fazer críticas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), afirmando que ele se apropriou de programas do PSDB e burocratizou a máquina pública, FHC é brando ao falar de Dilma Rousseff (PT). Ele avalia que é cedo para avaliar o estilo de governo da presidente e diz apenas que ela pode ter menor resistência de um setor da classe média que tinha um pé atrás com Lula. ''Esta reserva pode diminuir com relação ao governo atual se ele, seja por que razão for, comportar-se de maneira distinta do governo anterior'', diz FHC.


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