O ex-deputado federal mineiro Edmar Moreira (PR), conhecido como o deputado do castelo, é o novo diretor vice-presidente da Minas Gerais Participações S.A. (MGI), empresa de economia mista vinculada à Secretaria de Estado da Fazenda. Sem cargo político desde que perdeu as eleições de 2010, o político, pivô de um escândalo que levou à reformulação das regras de uso da verba indenizatória da Câmara dos Deputados, foi nomeado pelo Governo de Minas Gerais há cerca de 15 dias.
A MGI tem como acionistas o Governo de Minas, a Cemig e o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e atua prestando assessoria técnica e de gestão administrativa na politica de privatização do estado. Também assessora a Secretaria da Fazenda em assuntos relacionados à participação acionária do estado.
Edmar teve 45,5 mil votos nas eleições de 2010, número insuficiente para garantir mais um mandato, mas que o colocou como oitavo suplente de sua coligação. O ex-deputado ficou conhecido em 2009 quando enfrentou seu partido à época, o DEM, e lançou uma candidatura avulsa à vice-presidência da Câmara. Na ocasião, ele derrotou o colega de legenda Vic Pires Franco (DEM-PA) e ficou também com o cargo de corregedor-Geral da Casa. O primeiro ato na função foi defender o fim do Conselho de Ética.
Pouco depois, descobriu-se que ele usava notas fiscais de suas próprias empresas para justificar os gastos com a verba indenizatória concedida aos parlamentares. O deputado ficou conhecido ainda por causa de uma propriedade no interior de Minas Gerais avaliada em R$ 58 milhões, mas declarada pela simbólica quantia de R$ 7 milhões. O castelo, segundo informou, foi doado aos filhos em 1993.