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Sarney defende liberação de servidores de bater pontoApós sindicância, servidores do Senado ausentes há tempos foram trabalharServidores do Senado reivindicam acréscimos na remuneração Senado restringe acesso de servidores ao estacionamentoO presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), alegou que a flexibilização não significa que os servidores não estejam trabalhando. De acordo com ele, o controle dos horários, em muitos casos, engessa o funcionamento de gabinetes. “Há grupos de funcionários encarregados de tratar de assuntos fora, nos ministérios. Evidentemente que eles não podem ficar sujeitos a rotinas exatas, senão o trabalho dos gabinetes não funciona. A lei diz que os senadores podem dispensá-los de ponto, mas eles não estão isentos de um controle de ponto interno. Continuam cumprindo a hora de serviço.”
Flagrante recente mostrado na televisão mostrou funcionários registrando presença e voltando para casa. Isso acabou derrubando o Secretário de Informação e Documentação, Paulo Afonso Lustosa. O servidor foi exonerado ontem do cargo de chefia no Museu do Senado. A informação foi publicada no boletim interno da Casa. Para justificar o flagrante, a servidora Edilenice Passos afirmou que o responsável por seu setor autorizou que ela trabalhasse em casa, pois o espaço físico do Museu do Senado passava por reformas.
Atritos
As regras diferenciadas de controle de frequência têm provocado atritos entres servidores. Funcionários acham injusto que a norma seja aplicada para uma parte dos trabalhadores e reclamam que a medida só valeu para servidores concursados que realizam trabalho administrativo no Senado. Os comissionados, que atuam em cargos políticos, têm sido os mais beneficiados com a isenção.
O Sindicato dos Servidores do Legislativo e do Tribunal de Contas da União (Sindilegis) manifestou contrariedade em relação ao que chamou de falta de isonomia. “Defendemos o tratamento igualitário e uniforme para todos os servidores, sem exclusões de qualquer ordem: efetivos, comissionados, secretariado parlamentar, inclusive os localizados fora de Brasília. Ponto para todos”, traz a nota do Sindilegis.