O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou, nesta quarta-feira, que a Casa vai superar todas as resistências encontradas na discussão da reforma política, prioridade estabelecida por ele assim que assumiu o quarto mandato no cargo. Logo mais, o presidente da comissão especial que analisou pontos a serem alterados na legislação em vigor, Francisco Dornelles (PP-RJ), entregará à Sarney o relatório final dos trabalhos. "Vamos receber o relatório da comissão criada no Senado para dar opinião sobre esses assuntos pontuais da reforma política. A etapa seguinte será transformar essas opiniões em projetos de lei que serão submetidos ao plenário", disse Sarney, que considera as mudanças na legislação eleitoral uma "exigência da sociedade. Ele acrescentou que são naturais na democracia opiniões divergentes e até "pessimistas". Segundo Sarney, se o projeto for aprovado no Senado, o desejo "é que a Câmara esteja unida com a nossa proposta". José Sarney também comentou a criação pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do Partido Social Democrático (PSD). A intenção da reforma política, de acordo com o presidente do Senado, é evitar "a proliferação" de partidos, porque, para ele, o grande número de legendas acaba enfraquecendo o sistema democrático.