O primeiro secretário da Assembleia Legislativa, deputado estadual Dilzon Melo (PTB), negou qualquer envolvimento com o esquema desbaratado nessa quarta pela Polícia Federal na Operação Convite Certo e defendeu a apuração do ocorrido. O parlamentar, que teve o gabinete vasculhado pelos policiais e dois funcionários que trabalhavam para ele presos – o motorista Eugênio de Figueiredo Miranda e o auxiliar Marco Antônio Reis –, afirmou que os contratados eram de confiança, mas nunca soube de qualquer atuação irregular dos mesmos. Dilzon disse que os R$ 70 mil encontrados no cofre eram dele.
O parlamentar afirmou que nunca teve interesse ou trabalhou com intermediação para escritórios. Os funcionários envolvidos na operação, segundo ele, continuam lotados no gabinete até a apuração final da polícia. Caso sejam culpados, Dilzon diz que eles serão demitidos e terão punição exemplar. Sobre o envolvimento do seu nome, o deputado atribui ao fato de ser um homem público. “Estamos sujeitos a isso, pagamos pelo nosso nome e o prestígio. Se tiver alguma coisa, usaram meu nome, falaram que são assessores do deputado. Então quero a apuração”, disse.
De acordo com o parlamentar, os R$ 70 mil encontrados pela PF ficavam em um cofre particular ao qual os funcionários não tinham acesso. “Sou um empresário que tenho alguns bens, algumas fazendas, haras e construção – estou construindo um prédio em Boa Esperança de mais de 12 andares. Então, é da minha movimentação diária. Se me perguntar quanto tinha lá nem eu sei porque tenho pagamentos diários que faço”, afirmou. Ainda segundo o parlamentar, a verba seria também para atender demandas sociais da Assembleia, de pessoas vindas do interior. Quanto às cidades envolvidas na operação, Dilzon diz que apenas duas são governadas por prefeitos aliados dele.