O Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) se defendeu, nesta sexta-feira, das suspeitas de irregularidades na licitação para a concessão do prédio que abrigava a sede da entidade. O processo foi suspenso, nesta quinta-feira, pelo Tribunal de Contas do Estado, que vai investigar, juntamente com o Ministério Público, se realmente há favorecimento no processo. Em nota, a assessoria do órgão informou que vai prestar ao MP todos os esclarecimentos solicitados e que o processo licitatório seguiu ''rigorosamente'' todos os procesimentos legais.
Sobre a denúncia de que o valor proposto pelo consórcio vencedor seja muito abaixo do valor de mercado, o Instituto se defendeu afirmando que ele é compensado pelos investimentos privados que serão feitos na recuperação do prédio, no valor de R$ 46 milhões. ''Esse investimento será incorporado ao patrimônio líquido da autarquia. Portanto, não procede a informação de que o Estado receberá apenas R$ 15 mil mensais durante o prazo de exploração'', afirma a nota. Segundo o edifício, esse modelo foi estruturado para que a autarquia não tivesse que arcar com os investimentos na reforma do imóvel. O Instituto também rebateu a suspeita de que houve uma alteração no edital de licitação às vésperas do Natal, em 2010. Segundo o documento, ''as alterações de datas para entrega e abertura das propostas não implicaram em alteração das condições de participação no edital''.