A presidente Dilma Rousseff encerrou neste sábado sua visita de seis dias à China com um passeio pelo parque dos Guerreiros de Terracota na cidade de Xian, na parte central do país, construídos no século 3 durante a dinastia do primeiro imperador chinês, Qin Shi Huang.
No livro de visitas do local, a "oitava maravilha do mundo", nas palavras da presidente, Dilma Rousseff escreveu que o exército de terracota demonstra a imensa capacidade do povo chinês ao longo dos séculos.
Na visita, que por cerca de uma hora fechou o parque para o público, Dilma Rousseff viu de perto o local descoberto em 1974 por moradores que cavavam um poço de água.
A presidente ficou impressionada com o complexo mecanismo de um eixo usado em carruagens da época. "Maravilha, perfeito", disse. "E funciona?", perguntou, ao que a guia respondeu que sim. A presidente fazia perguntas constantemente e queria entender, em detalhes, como tudo funcionava.
"Não é à toa que eles são tão bons em novos materiais e nanotecnologia ", disse o ministro da Ci ência e Tecnologia, Aloízio Mercadante.
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A visita terminou com um saldo de investimentos concretos, promessas de diversificação comercial, acordo para permanência da fábrica da Embraer no país, encomenda de novos aviões, a abertura parcial do mercado chinês para importação de carne suína e uma série de acordos de cooperação em diversas áreas, entre elas Ciência e Tecnologia.
Outra conquista anunciada pelo governo, porém recebida com muito ceticismo no Brasil, foi uma promessa de investimento da Foxconn no Brasil de US$ 12 bilhões.
A empresa construiria uma cidade do futuro em local ainda a ser divulgado e instalaria ali uma fábrica para a construção de telas de cristal líquido usadas na produção de iPads e celulares de terceira geração.
O governo comemorou a promessa, resultado de uma negociação de três meses com a empresa sediada em Taiwan.
O entendimento foi apontado como avanço na tentativa de atrair para o Brasil investimentos chineses em setores de alta tecnologia, que agreguem valor à cadeia produtiva.
Cerca de 85% dos investimentos chineses no Brasil são em setores como o petróleo e a mineração.
A Foxconn fatura US$ 100 bilhões por ano e é responsável por 5% das exportações chinesas.