O grupo político que desde 2003 comanda o estado de São Paulo e a capital paulista desde 2005 vive sua pior crise e pode ser implodido. Tudo por conta da criação do PSD (Partido Social Democrático) pelo prefeito Gilberto Kassab e de sua aproximação da base de apoio da presidente Dilma Rousseff.
Considerado um dos “fiadores” da coligação PSDB-DEM, Afif está desde a posse à frente da poderosa Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pasta que gerencia a rede de ensino técnico do governo paulista, uma das principais vitrines tucanas. Partiu do DEM a exigência para que Alckmin dê espaço político relevante ao partido no governo e deixe Afif como uma figura quase decorativa no cargo de vice.
Nessa quinta, o senador Agripino Maia (RN), presidente do partido, almoçou com o governador e reivindicou o cumprimento de compromissos estabelecidos quando a aliança foi firmada: uma secretaria importante. Na conversa, foram discutidas três possibilidades para alojar o DEM. A mais cobiçada é a secretaria hoje comandada por Afif. A outra, praticamente rejeitada pelo DEM, é a pasta da Agricultura - João Sampaio está saindo do cargo. O governador prometeu ainda analisar uma terceira possibilidade. O DEM exige visibilidade e força política. “O espaço do DEM no governo Alckmin é um fato”, sentenciou Agripino.
O governador não rechaçou a hipótese de retirar Afif nem a aceitou prontamente. Prometeu uma solução para as próximas horas mas seus aliados afirmaram reservadamente que ele estaria propenso a aceitar o acordo, inclusive cedendo a pasta de Desenvolvimento Econômico.