O recém-criado PSD entrou na fila de legendas que pressionam o presidente da Câmara, Marco Maia, por gabinetes e cargos de confiança. De acordo com a Resolução 01/2007, os 31 deputados dariam ao partido o direito a pelo menos 40 vagas para serem preenchidas por funcionários escolhidos sem concurso público. No entanto, será preciso um jeitinho político para driblar o artigo da norma que estabelece critérios de distribuição de espaços e servidores com base apenas na bancada empossada no início da legislatura. Na prática, no entanto, os integrantes da nova sigla dizem que vão contar com a boa vontade da Mesa Diretora, que precisa também encontrar uma saída para aumentar a estrutura disponível a nanicos que cresceram e também querem um lugar ao sol.
Na fila
Antes das reivindicações do recém-nascido PSD, Marco Maia precisa arrumar espaços para legendas como PHS e PT do B, por exemplo, que aumentaram suas bancadas e agora pedem tratamento igual ao dado à liderança do PSOL que – graças a uma liminar do Supremo Tribunal Federal – conseguiu cargos e gabinete, apesar de ter apenas três deputados. “Se o Psol tem direito, temos também. Conversei com o presidente e ele disse que na próxima semana vai resolver essa pendência. Precisamos de uma estrutura que possibilite atender pessoas de todo o país. Não nos interessa uma briga. Mas, em último caso, vamos ao STF também”, avisa Felipe Bornier (PHS-RJ), cuja legenda tem dois parlamentares e possui uma “representação partidiária” com dois cargos de natureza especial (CNEs).
Mais fortalecido numericamente, o PT do B ganhou força na disputa por espaços. Passou de apenas um parlamentar na legislatura anterior para quatro deputados este ano. Número suficiente para ter, pelo menos, os mesmos 12 CNEs entregues ao PSOL.