O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sendo "malicioso" ao tentar colar a imagem da sigla tucana à das elites do País. "O Lula, que era contra a privatização, agora está em Londres falando para a Telefónica e ganhando US$ 100 mil. O filho dele é sócio de uma empresa de telefonia. Eles aderiram totalmente às transformações que nós provocamos e ainda vêm nos criticar dizendo que estamos a favor da elite contra o povo enquanto eles estão mamando na elite. Cabe isso?", questionou FHC em entrevista ao programa "Começando o Dia", da Rádio Cultura FM.
As declarações de Fernando Henrique foram feitas após o petista comentar artigo do ex-presidente tucano na revista "Interesse Nacional", em que defendeu que o PSDB deve deixar de lado o "povão" e buscar diálogo com a nova classe média. "Não sei como alguém que estudou tanto depois diz que quer esquecer do povão", ironizou Lula.
O tucano afirmou que o PT utiliza as políticas sociais "de maneira demagógica" e que a tentativa de ligar o PSDB às elites tem razão político-ideológica. Fernando Henrique disse que foi nos seus dois mandatos que foram iniciados os programas sociais que depois foram ampliados com a marca do governo Lula. "Me elegi duas vezes presidente, fiz políticas sociais e quem começou todos esses programas de bolsas foi o meu governo", afirmou.
Segundo FHC, o que ele defende em seu artigo é que "o PSDB caminhe falando com a população para ver quais são seus novos anseios numa sociedade que é muito mobilizada". "Não tem nada com a direita, e sim com os interesses novos da população", afirmou. De acordo com o ex-presidente, o PSDB deve fugir dessa "intriguinha" e discutir os problemas do povo.
Petistas reagem
Os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Jorge Viana (AC) ironizaram o desafio lançado por Fernando Henrique Cardoso a Lula de disputarem uma nova eleição. "Acho que ele fez uma declaração infeliz e está tentando se remendar em cima de críticas ao ex-presidente Lula", disse o senador pernambucano, que na tarde desta segunda-feira se reúne com Lula para discutir a reforma política.
Na capital paulista para encontro com Lula no Instituto Cidadania, na zona sul da cidade, os senadores petistas disseram que os comentários de Fernando Henrique se devem à observação de Lula sobre o elitismo do PSDB. "O presidente Fernando Henrique Cardoso fez uma declaração que, de alguma maneira, expressa a verdade: o PSDB e outros partidos fizeram uma opção, desde sua criação, que é a de lidar com a elite brasileira. E o presidente Lula sempre fez uma opção que é estar ao lado do povo e ajudar a construir um novo Brasil", afirmou Viana.
Para o senador do Acre, as declarações de Lula em Londres incomodaram o "sociólogo Fernando Henrique Cardoso". Segundo Viana, ao fazer um governo com o olhar voltado para os mais pobres, Lula se tornou uma referência mundial. "Lula hoje é um personagem do mundo, o mundo todo quer ouvir e aprender com Lula", afirmou. "Isto é um mérito, uma coisa que deve orgulhar todos os brasileiros, inclusive o sociólogo Fernando Henrique Cardoso."
Já Humberto Costa disse que Lula não tem a intenção de voltar a disputar nenhuma eleição, principalmente contra Fernando Henrique. "Acho que não teria nem graça fazer essa eleição. Fernando Henrique é passado, Lula é uma coisa extremamente presente", afirmou.
As declarações de Fernando Henrique foram feitas após o petista comentar artigo do ex-presidente tucano na revista "Interesse Nacional", em que defendeu que o PSDB deve deixar de lado o "povão" e buscar diálogo com a nova classe média. "Não sei como alguém que estudou tanto depois diz que quer esquecer do povão", ironizou Lula.
O tucano afirmou que o PT utiliza as políticas sociais "de maneira demagógica" e que a tentativa de ligar o PSDB às elites tem razão político-ideológica. Fernando Henrique disse que foi nos seus dois mandatos que foram iniciados os programas sociais que depois foram ampliados com a marca do governo Lula. "Me elegi duas vezes presidente, fiz políticas sociais e quem começou todos esses programas de bolsas foi o meu governo", afirmou.
Segundo FHC, o que ele defende em seu artigo é que "o PSDB caminhe falando com a população para ver quais são seus novos anseios numa sociedade que é muito mobilizada". "Não tem nada com a direita, e sim com os interesses novos da população", afirmou. De acordo com o ex-presidente, o PSDB deve fugir dessa "intriguinha" e discutir os problemas do povo.
Petistas reagem
Os senadores petistas Humberto Costa (PE) e Jorge Viana (AC) ironizaram o desafio lançado por Fernando Henrique Cardoso a Lula de disputarem uma nova eleição. "Acho que ele fez uma declaração infeliz e está tentando se remendar em cima de críticas ao ex-presidente Lula", disse o senador pernambucano, que na tarde desta segunda-feira se reúne com Lula para discutir a reforma política.
Na capital paulista para encontro com Lula no Instituto Cidadania, na zona sul da cidade, os senadores petistas disseram que os comentários de Fernando Henrique se devem à observação de Lula sobre o elitismo do PSDB. "O presidente Fernando Henrique Cardoso fez uma declaração que, de alguma maneira, expressa a verdade: o PSDB e outros partidos fizeram uma opção, desde sua criação, que é a de lidar com a elite brasileira. E o presidente Lula sempre fez uma opção que é estar ao lado do povo e ajudar a construir um novo Brasil", afirmou Viana.
Para o senador do Acre, as declarações de Lula em Londres incomodaram o "sociólogo Fernando Henrique Cardoso". Segundo Viana, ao fazer um governo com o olhar voltado para os mais pobres, Lula se tornou uma referência mundial. "Lula hoje é um personagem do mundo, o mundo todo quer ouvir e aprender com Lula", afirmou. "Isto é um mérito, uma coisa que deve orgulhar todos os brasileiros, inclusive o sociólogo Fernando Henrique Cardoso."
Já Humberto Costa disse que Lula não tem a intenção de voltar a disputar nenhuma eleição, principalmente contra Fernando Henrique. "Acho que não teria nem graça fazer essa eleição. Fernando Henrique é passado, Lula é uma coisa extremamente presente", afirmou.