O PT atravessa um momento de delicado e inesperado impasse interno. O atual presidente, o ex-senador José Eduardo Dutra, está afastado das funções por problemas de saúde. Ele é subsitituído interinamente pelo vice-presidente, o deputado estadual Rui Falcão, de São Paulo, que não conta, porém, com apoio na legenda para permanecer no cargo.
Na tentativa de contornar a situação, o presidente de honra do partido, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, tomou as rédeas desde o início do mês das negociações mais relevantes no momento: a formação da chapa para Prefeitura de São Paulo. Há vários pré-candidatos no partido e também em outras legendas (leia texto na página 5). Além de escolher um nome, o PT precisa tomar decisões sobre alianças, incluindo a possibilidade de oferecer a vaga de vice-prefeito a outro partido.
Por enquanto, a cúpula petista trabalha com a hipótese do retorno de Dutra a suas funções. Ele se desvinculou da Presidência do PT depois de sofrer uma crise hipertensiva durante a campanha de 2010. Desde o início deste ano, tem apresentado um quadro depressivo. Preocupado com o estado de saúde do ex-senador, Lula deve encontrar-se com ele na segunda-feira no Rio de Janeiro. Em tese, a conversa não envolverá a situação de Dutra no partido.
Aos mais próximos, o atual presidente demonstrou a vontade de deixar o posto, mas a determinação dos dirigentes do partido é de tentar demovê-lo da ideia. “Ainda não está clara a hipótese de ele voltar ou não. As informações que nós temos é de que ele está melhorando, mas ainda não reúne condições de retornar às funções.Lula vai encontrá-lo como uma visita de companheiro, amigo. Ainda não estamos discutindo sucessão, até por ser uma situação delicada”, diz o secretário de Comunicação do partido, deputado federal André Vargas (PT-PR).
Tendência majoritária
O estatuto petista prevê o afastamento do presidente do partido por até 180 dias, em decorrência de motivos de saúde. Dutra está licenciado desde 22 de março. Caso decida deixar o comando da legenda, o substituto natural seria o senador Humberto Costa (PT-PE), da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária dentro do partido. A tendência, que antigamente era chamada Articulação, controla 22 dos 27 diretórios regionais do PT. Além de Lula, fazem parte dela os deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP) e Ricardo Berzoini (PT-SP), o ex-ministro José Dirceu e o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, entre outros.
A abertura de um processo de sucessão seria necessária porque o vice-presidente petista, Rui Falcão, integra a corrente Novo Rumo, minoritária dentro do partido. Muito próximo da senadora Marta Suplicy (PT-SP), o próprio Falcão teria declarado ao partido que prefere se dedicar às eleições municipais de São Paulo no ano que vem.
Na tentativa de contornar a situação, o presidente de honra do partido, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, tomou as rédeas desde o início do mês das negociações mais relevantes no momento: a formação da chapa para Prefeitura de São Paulo. Há vários pré-candidatos no partido e também em outras legendas (leia texto na página 5). Além de escolher um nome, o PT precisa tomar decisões sobre alianças, incluindo a possibilidade de oferecer a vaga de vice-prefeito a outro partido.
Por enquanto, a cúpula petista trabalha com a hipótese do retorno de Dutra a suas funções. Ele se desvinculou da Presidência do PT depois de sofrer uma crise hipertensiva durante a campanha de 2010. Desde o início deste ano, tem apresentado um quadro depressivo. Preocupado com o estado de saúde do ex-senador, Lula deve encontrar-se com ele na segunda-feira no Rio de Janeiro. Em tese, a conversa não envolverá a situação de Dutra no partido.
Aos mais próximos, o atual presidente demonstrou a vontade de deixar o posto, mas a determinação dos dirigentes do partido é de tentar demovê-lo da ideia. “Ainda não está clara a hipótese de ele voltar ou não. As informações que nós temos é de que ele está melhorando, mas ainda não reúne condições de retornar às funções.Lula vai encontrá-lo como uma visita de companheiro, amigo. Ainda não estamos discutindo sucessão, até por ser uma situação delicada”, diz o secretário de Comunicação do partido, deputado federal André Vargas (PT-PR).
Tendência majoritária
O estatuto petista prevê o afastamento do presidente do partido por até 180 dias, em decorrência de motivos de saúde. Dutra está licenciado desde 22 de março. Caso decida deixar o comando da legenda, o substituto natural seria o senador Humberto Costa (PT-PE), da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), majoritária dentro do partido. A tendência, que antigamente era chamada Articulação, controla 22 dos 27 diretórios regionais do PT. Além de Lula, fazem parte dela os deputados federais João Paulo Cunha (PT-SP) e Ricardo Berzoini (PT-SP), o ex-ministro José Dirceu e o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, entre outros.
A abertura de um processo de sucessão seria necessária porque o vice-presidente petista, Rui Falcão, integra a corrente Novo Rumo, minoritária dentro do partido. Muito próximo da senadora Marta Suplicy (PT-SP), o próprio Falcão teria declarado ao partido que prefere se dedicar às eleições municipais de São Paulo no ano que vem.