Depois de ter vencido uma disputa que rachou o PSDB paulistano e provocou a saída de seis vereadores do partido na capital paulista, o secretário estadual de Gestão Pública, Julio Semeghini, defende a realização de prévias para escolha do candidato tucano a prefeito de São Paulo no ano que vem.
Para o novo presidente municipal do PSDB, “o partido sempre fugiu das prévias” por acreditar que a consulta a seus filiados representa uma divisão. “Mas isso não é verdade, outros partidos se fortalecem porque têm prévias, porque ouvem as bases”, disse, em entrevista exclusiva.
O governador de São Paulo está espremido entre os grupos do senador Aécio Neves (MG) e do ex-governador José Serra (SP) no PSDB, ambos pré-candidatos ao Planalto em 2014. Em conversas privadas, Alckmin tem afirmado que as prévias são a única forma de o partido definir seu nome para a sucessão da presidente Dilma Rousseff.
No âmbito nacional, o sistema de prévias atende hoje aos interesses de Serra, derrotado por Dilma no passado após ter sido refratário à proposta de Aécio de estabelecer prévias em 2009. Agora, é Aécio quem não quer a consulta primária por entender que sua candidatura é “natural”.