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Estado de Minas

Ministro da Justiça diz que é preciso lembrar do atentado do Riocentro

Cardozo afirma que lembrança evita cometer erros do passado


postado em 30/04/2011 15:38

Bomba explode no colo de um dos militares em atentado frustrado no Dia do Trabalhador de 1981(foto: rededemocratica.org)
Bomba explode no colo de um dos militares em atentado frustrado no Dia do Trabalhador de 1981 (foto: rededemocratica.org)
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou que o país deve manter viva a memória sobre o atentado do Riocentro, que, neste domingo, completa 30 anos, para não repetir os erros do passado. Na ação frustrada – em que bombas colocadas por militares das Forças Armadas deveriam explodir durante um show alusivo ao Dia do Trabalho – um militar ficou ferido e outro morreu, quando um dos artefatos detonou em seu colo.

Cardozo disse que se lembra claramente do episódio, que abriu uma crise política no país dentro dos setores militares. À época, haviam grupos que defendiam a abertura democrática e outros que desejavam o endurecimento do regime.

“O atentado do Riocentro marcou muito a minha geração porque representava, ali, um ato de violência que vinha das raízes da ditadura militar. O Brasil mudou muito nesses 30 anos e mudou para a melhor. Hoje, vivemos em uma democracia. Situações daquele tipo que nós vivenciávamos não existem mais. Hoje, nós temos a possibilidade de falar o que queremos, de pensar, de nos manifestarmos com absoluta liberdade.”

Apesar de reconhecer os avanços na política brasileira, Cardozo fez questão de enfatizar que é importante preservar a história dos fatos para que esses não se repitam. “A memória existe justamente para que nós evitemos cometer os erros do passado. Então, vamos lembrar do Riocentro para que dias como aqueles nunca mais ocorram.”

O ministro participou nesta sábado da 1ª Ação Itinerante da Casa de Direitos, que tem objetivo de levar acesso gratuito à Justiça aos moradores da Cidade de Deus, uma das primeiras comunidades ocupadas por uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio. “Este evento é fundamental, porque simboliza aquilo que nós queremos para o país. Primeiro, a ocupação da paz, contra o crime organizado. E, agora, a chegada do Estado de Direito, a chegada da cidadania.”

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