A crise no DEM aberta com a saída do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, para fundar um partido, seguida de uma debandada nos quadros democratas, teria como pano de fundo uma articulação do ex-governador José Serra (PSDB). Fontes ligadas aos tucanos dão conta de que o candidato derrotado ao Palácio do Planalto seria o operador da criação da legenda – PSD – que aos poucos está minando a oposição. Já caciques do DEM atribuem a derrocada a manobras de bastidor do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) e avisam aos que pregam uma fusão com os tucanos que a legenda vai continuar de pé.
Na mesa, as cartas para a sucessão presidencial de 2014. Serra, que trabalhou nos bastidores para fazer de Kassab seu sucessor na Prefeitura de São Paulo, derrotando o atual governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB, teria interesse em esvaziar o DEM diante do fortalecimento do senador Aécio Neves (PSDB) entre os democratas como possível candidato à Presidência. Junto com isso, alimentaria a crise no PSDB paulista.
Entraram nessa segunda-feira na lista da debandada do DEM o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o vice-presidente nacional do partido, Paulo Bornhausen, filho do ex-senador Jorge Bornhausen, aliado de Serra. O filho informou ainda que o pai o acompanhará na sangria. Pelas contas do partido, a baixa final deve ser de 10 a 15 parlamentares. O número não assusta os que ficaram.
O novo presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), não se intimida com as desfiliações e nega que o único caminho seja uma fusão com o PSDB. “A essência do partido, os melhores talentos e convicções permanecem. Não nos abatemos e quem sai é porque estava determinado, teve razões de governismo ou oportunismo para querer sair”, afirmou. De acordo com ele, o DEM continua existindo na dimensão de que a oposição precisa. Agripino e líderes como os deputados federais Antônio Carlos Magalhães Neto e Rodrigo Maia são defensores da candidatura de Aécio Neves à Presidência. As baixas no DEM foram de nomes mais ligados aos serristas.
Oposição menor
O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), que integra a resistência do partido, acredita que o governo Dilma esteja usando de seu poder para sangrar a oposição. Para ele, a oposição está menor do que a representação do número de eleitores que votaram contra o atual governo. “O governo está fazendo jogo desleal, usando pessoas de má-fé acertadas com ele para tirar integrantes dos partidos de oposição”, disse.
Para Caiado, no entanto, o DEM tem forças para resistir. O parlamentar minimizou as baixas. “Pelo contrário, agora o partido está composto por pessoas que realmente têm afinidade e uma posição política ideológica. Os oportunistas já se foram e quando assumirmos o poder vamos ver quem queremos de volta, o povo está observando isso”, disse.
Ronaldo Caiado, que não vai deixar a legenda, também é contrário a uma eventual fusão com o DEM. De acordo com o parlamentar, o partido é o quarto do Brasil e tem tempo de televisão e fundo partidário para continuar na briga. “Também temos quadros competitivos e não temos nenhuma preocupação em fazer fusão ou dissolver o partido. O governo Dilma que quer essa união para liberar prefeitos e vereadores e, deste modo, pressioná-los a migrar para a base de governo.”
Na mesa, as cartas para a sucessão presidencial de 2014. Serra, que trabalhou nos bastidores para fazer de Kassab seu sucessor na Prefeitura de São Paulo, derrotando o atual governador Geraldo Alckmin, candidato do PSDB, teria interesse em esvaziar o DEM diante do fortalecimento do senador Aécio Neves (PSDB) entre os democratas como possível candidato à Presidência. Junto com isso, alimentaria a crise no PSDB paulista.
Entraram nessa segunda-feira na lista da debandada do DEM o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e o vice-presidente nacional do partido, Paulo Bornhausen, filho do ex-senador Jorge Bornhausen, aliado de Serra. O filho informou ainda que o pai o acompanhará na sangria. Pelas contas do partido, a baixa final deve ser de 10 a 15 parlamentares. O número não assusta os que ficaram.
O novo presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), não se intimida com as desfiliações e nega que o único caminho seja uma fusão com o PSDB. “A essência do partido, os melhores talentos e convicções permanecem. Não nos abatemos e quem sai é porque estava determinado, teve razões de governismo ou oportunismo para querer sair”, afirmou. De acordo com ele, o DEM continua existindo na dimensão de que a oposição precisa. Agripino e líderes como os deputados federais Antônio Carlos Magalhães Neto e Rodrigo Maia são defensores da candidatura de Aécio Neves à Presidência. As baixas no DEM foram de nomes mais ligados aos serristas.
Oposição menor
O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM), que integra a resistência do partido, acredita que o governo Dilma esteja usando de seu poder para sangrar a oposição. Para ele, a oposição está menor do que a representação do número de eleitores que votaram contra o atual governo. “O governo está fazendo jogo desleal, usando pessoas de má-fé acertadas com ele para tirar integrantes dos partidos de oposição”, disse.
Para Caiado, no entanto, o DEM tem forças para resistir. O parlamentar minimizou as baixas. “Pelo contrário, agora o partido está composto por pessoas que realmente têm afinidade e uma posição política ideológica. Os oportunistas já se foram e quando assumirmos o poder vamos ver quem queremos de volta, o povo está observando isso”, disse.
Ronaldo Caiado, que não vai deixar a legenda, também é contrário a uma eventual fusão com o DEM. De acordo com o parlamentar, o partido é o quarto do Brasil e tem tempo de televisão e fundo partidário para continuar na briga. “Também temos quadros competitivos e não temos nenhuma preocupação em fazer fusão ou dissolver o partido. O governo Dilma que quer essa união para liberar prefeitos e vereadores e, deste modo, pressioná-los a migrar para a base de governo.”