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Estado de Minas

Em BH, Aécio critica governo Dilma e lança pacote para municípios


postado em 06/05/2011 07:07 / atualizado em 06/05/2011 08:57

Aécio Neves afirmou que o governo
Aécio Neves afirmou que o governo "não tomou nenhuma medida concreta e profunda" sobre gargalos do país (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press )
O senador Aécio Neves (PSDB) aproveitou o 28º Congresso Mineiro de Municípios, em Belo Horizonte, para lançar nessa quinta um pacote de propostas municipalistas, que pretende apresentar em forma de projetos de lei em Brasília. Ao participar da posse da nova diretoria da Associação Mineira de Municípios (AMM), que representa as 853 prefeituras do estado, o tucano adiantou para uma plateia de chefes de Executivo pelo menos cinco propostas nas áreas tributária, de infraestrutura e de segurança pública. Ao justificar suas ideias, o ex-governador centrou fogo contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), que não teria “tomado nenhuma medida concreta e profunda” para resolver os gargalos do país.

Em casa, Aécio apresentou uma agenda que, além da Proposta de Emenda à Constituição que trata da compensação aos municípios pelas isenções fiscais concedidas pelo governo federal, contempla a estadualização das rodovias brasileiras. Essa, segundo ele, seria uma solução para estradas como a BR 381, conhecida como rodovia da morte, que tem visto o número de acidentes aumentado a cada nova estatística. “Estou retomando proposta antiga que tinha e também transformando em projeto de lei, propondo a estadualização das rodovias federais, com o repasse imediato do total de recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para os estados e, gradualmente, a responsabilidade pela gestão das rodovias”, disse.

Segundo o senador, a União tem cruzado os braços diante dos problemas enfrentados pelas rodovias do país. “Estamos assistindo hoje no Brasil, infelizmente, a um governo que não tomou nenhuma medida concreta e profunda, seja para debelar a crise econômica que já se anuncia, seja para conter ou solucionar esses contenciosos antigos”, afirmou. Aécio criticou ainda a falta de investimentos federais em Minas Gerais que, segundo ele, vem sendo preterido em relação aos outros estados. “Não podemos permitir que o ministro da Fazenda continue andando pelo mundo com um mapa de investimentos do Brasil que transforma Minas Gerais em uma ilha cercada de investimentos por todos os lados, mas sem sequer um investimento importante no estado.”

Aécio também apresentou um projeto de lei de revisão do pacto federativo, bandeira que assume desde o primeiro mandato como governador de Minas. Segundo ele, a proposta restabelece a divisão do bolo tributário de 2002, quando 27% da arrecadação ficava com estados e municípios. Hoje esse percentual se viu reduzido a 19,4%. “Estou apresentando uma agenda que gostaria que fosse compreendida como da federação, e não como uma agenda da oposição contra o governo”, afirmou.

Nas áreas de saneamento e segurança, o ex-governador apresentou outras duas propostas. A primeira acaba com o contingenciamento do Fundo Nacional de Segurança e Peniteniário, que vem sendo retido pelo governo federal. Pela proposta, 70% do fundo seria repassado mensalmente aos estados de forma proporcional à população de cada um. Já para o saneamento, Aécio propõe isenção tributária às empresas do setor.

Questionado sobre a sucessão municipal em Belo Horizonte, Aécio desconversou. O tucano disse que caberá ao presidente do PSDB de BH, deputado estadual João Leite, conduzir as negociações para uma eventual aliança com o PSB do prefeito Marcio Lacerda. Minutos antes, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), defendeu a reedição da aliança dos petistas com o socialista. Ele evitou, no entanto, falar sobre possível participação do PSDB na aliança.


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