Brasília – A presidente Dilma Rousseff e o PT acreditam ter encontrado a grande vitrine para mostrar os programas do governo ao Brasil e ao mundo justamente na abertura oficial da temporada das eleições municipais brasileiras: a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio 20, de 4 a 6 de junho de 2012, no Rio de Janeiro. Os petistas acordaram para essa possibilidade há 15 dias, quando o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, foi ao Senado falar sobre os rumos da política externa e a crise no Oriente Médio. No meio de sua fala, Patriota foi incisivo: “Será a maior e mais importante conferência do governo Dilma. Uma grande oportunidade para o Brasil demonstrar o que tem conseguido realizar e trabalhar para que objetivos ambientais se sobreponham a clivagens Norte-Sul e sejam globalmente compartilhados”, afirmou.
Não por acaso, na semana que vem, a um ano da Rio 20, o governo lançará o programa de erradicação da miséria, um dos temas que estará em debate no megaevento, ao lado da economia verde. Desde já, Patriota alerta que o governo brasileiro não aceitará a defesa do meio ambiente como pretexto para protecionismo ou entraves ao comércio global. “Tem que ser economia verde com combate à pobreza e inclusão social. O Brasil está posicionado como poucos para assumir a liderança desse debate, com seu modelo de crescimento com a matriz energética mais limpa do mundo e progressos em relação ao desmatamento e redução da pobreza”, comentou ele no Senado.
O discurso de Patriota fez os olhos dos petistas brilharem, ao ponto de alguns integrantes do partido cogitarem criar um grupo para acompanhar os trabalhos de preparação da conferência, como já fez a Comissão de Relações Exteriores do Senado, presidida por Fernando Collor de Mello (PTB-AL) – presidente da República, em 1992, data da primeira grande conferência sobre desenvolvimento sustentável da ONU, a Rio’92. As autoridades brasileiras, aliás, já começaram a se mexer para tentar fazer da Rio 20 uma conferência de sucesso, tão grande quanto o foi a Rio’92.
Na mesma sexta-feira em que o PT se reuniu para eleger um novo presidente e reintegrar o ex-tesoureiro Delúbio Soares, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e Patriota promoveram uma mesa-redonda no Rio de Janeiro com a participação do diretor-executivo das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner. A reunião foi para colher propostas que mereçam ser tratadas no encontro dos chefes de Estado no ano que vem.
Foi consenso entre os participantes que a Rio 20 será uma oportunidade única para a criação de um novo modelo de desenvolvimento que não se atenha apenas a aspectos econômicos. “É engraçado. Hoje, vemos muito mais barulho em torno de Olímpiadas de 2016 e da Copa do Mundo do que esta conferência. Em 2016, estará em jogo quem salta mais alto ou pula mais longe. Em 2014, quem faz mais gols. E, no ano quem vem, quem vai sobreviver” espeta o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da subcomissão do Senado encarregada de acompanhar o evento.
Ele e demais integrantes da subcomissão fizeram uma visita aos galpões da região portuária do Rio, em fase de revitalização para sediar a Rio 20. A infraestrutura é a menor delas. “Quanto a isso, não tenho dúvidas de que ficará pronto. O que me preocupa é que não estou vendo uma mobilização para trazer os presidentes de outros países e os temas em discussão que estão limitados. Temos que ampliar, como, por exemplo, incluir a criação de novos indicadores de desenvolvimento. E começar a trabalhar desde já na carta do Rio com demais países”, diz o pedetista.
O Itamaraty já está trabalhando nesses assuntos. A expectativa da ONU e dos diplomatas brasileiros é que 50 mil pessoas peçam credenciamento para participar da Conferência. E como a Rio’92 reuniu 108 chefes de Estado num momento em que o tema meio ambiente não era tão preocupante – até George Bush, então presidente dos Estados Unidos veio –, a expectativa é de aumento no número de participantes. “Esperamos que a presidente Dilma assuma a coordenação dessa mobilização”, comenta o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que integra a comissão. Afinal, quanto mais participantes de luxo, mais vitrine para o Brasil.
Não por acaso, na semana que vem, a um ano da Rio 20, o governo lançará o programa de erradicação da miséria, um dos temas que estará em debate no megaevento, ao lado da economia verde. Desde já, Patriota alerta que o governo brasileiro não aceitará a defesa do meio ambiente como pretexto para protecionismo ou entraves ao comércio global. “Tem que ser economia verde com combate à pobreza e inclusão social. O Brasil está posicionado como poucos para assumir a liderança desse debate, com seu modelo de crescimento com a matriz energética mais limpa do mundo e progressos em relação ao desmatamento e redução da pobreza”, comentou ele no Senado.
O discurso de Patriota fez os olhos dos petistas brilharem, ao ponto de alguns integrantes do partido cogitarem criar um grupo para acompanhar os trabalhos de preparação da conferência, como já fez a Comissão de Relações Exteriores do Senado, presidida por Fernando Collor de Mello (PTB-AL) – presidente da República, em 1992, data da primeira grande conferência sobre desenvolvimento sustentável da ONU, a Rio’92. As autoridades brasileiras, aliás, já começaram a se mexer para tentar fazer da Rio 20 uma conferência de sucesso, tão grande quanto o foi a Rio’92.
Na mesma sexta-feira em que o PT se reuniu para eleger um novo presidente e reintegrar o ex-tesoureiro Delúbio Soares, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e Patriota promoveram uma mesa-redonda no Rio de Janeiro com a participação do diretor-executivo das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Achim Steiner. A reunião foi para colher propostas que mereçam ser tratadas no encontro dos chefes de Estado no ano que vem.
Foi consenso entre os participantes que a Rio 20 será uma oportunidade única para a criação de um novo modelo de desenvolvimento que não se atenha apenas a aspectos econômicos. “É engraçado. Hoje, vemos muito mais barulho em torno de Olímpiadas de 2016 e da Copa do Mundo do que esta conferência. Em 2016, estará em jogo quem salta mais alto ou pula mais longe. Em 2014, quem faz mais gols. E, no ano quem vem, quem vai sobreviver” espeta o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), presidente da subcomissão do Senado encarregada de acompanhar o evento.
Ele e demais integrantes da subcomissão fizeram uma visita aos galpões da região portuária do Rio, em fase de revitalização para sediar a Rio 20. A infraestrutura é a menor delas. “Quanto a isso, não tenho dúvidas de que ficará pronto. O que me preocupa é que não estou vendo uma mobilização para trazer os presidentes de outros países e os temas em discussão que estão limitados. Temos que ampliar, como, por exemplo, incluir a criação de novos indicadores de desenvolvimento. E começar a trabalhar desde já na carta do Rio com demais países”, diz o pedetista.
O Itamaraty já está trabalhando nesses assuntos. A expectativa da ONU e dos diplomatas brasileiros é que 50 mil pessoas peçam credenciamento para participar da Conferência. E como a Rio’92 reuniu 108 chefes de Estado num momento em que o tema meio ambiente não era tão preocupante – até George Bush, então presidente dos Estados Unidos veio –, a expectativa é de aumento no número de participantes. “Esperamos que a presidente Dilma assuma a coordenação dessa mobilização”, comenta o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que integra a comissão. Afinal, quanto mais participantes de luxo, mais vitrine para o Brasil.