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Estado de Minas

Governo quer emplacar flexibilização de regras para obras da Copa


postado em 10/05/2011 07:40

Brasília – O governo fará nesta terça nova tentativa de aprovar a proposta que flexibiliza as regras de licitação para obras de infraestrutura nas cidades que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O Palácio do Planalto já havia tentado, sem sucesso, aprovar a matéria em março, mas a oposição conseguiu frear a votação. Agora, o projeto elaborado em conjunto pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e técnicos do governo será inserido no corpo da Medida Provisória 521, que trata do aumento da bolsa para médicos-residentes. A oposição critica o que chama de "contrabando" dentro do projeto original da MP.

Em busca de acordo, a oposição chegou a entregar ao líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), seis pedidos de alterações no projeto que flexibiliza a Lei de Licitações. Caso os pontos não sejam incorporados ao texto, PSDB e DEM anunciaram que vão obstruir a votação em plenário. "O governo pretende aprovar um projeto como esse sem deixar digitais, por meio de uma MP que trata de bolsa para médico. A proposta ainda tem vários absurdos, como a possibilidade de uma construtora fazer um alojamento sem que o contratante, no caso a União ou os estados, possam escolher portas, janelas, tipo de piso, as especificações da obra", reclama o líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP).

A oposição também critica a possibilidade de abertura de licitação sem projeto básico e a possibilidade de o segundo colocado no certame poder tocar a obra em caso de desistência do vencedor, sem necessidade de se adequar ao preço mais baixo. Não queremos prejudicar a Copa do Mundo, mas faz três anos e meio que sabemos que terá a Copa. O governo teve tempo para se mexer, não mexeu porque é mal gerenciado", critica Nogueira. A relatora da matéria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) admite que tratar da matéria no corpo de uma MP com tema totalmente oposto não é o ideal, mas defende o projeto.

De acordo com a deputada federal, a proposta que será levada ao plenário facilita a fiscalização das obras, diminui a burocracia e admite possibilidade de aditamento da obra, apenas a critério do contratante, no caso a União, estados ou municípios. "O regime é mais avançado que a Lei 8666 (Lei das Licitações) e possibilita mais facilmente a fiscalização, não deixa o poder público refém dessas manobras protelatórias do setor privado", diz Jandira.


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