Brasília – O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) retomou nesta manhã o julgamento de Leonardo Bandarra e Deborah Guerner, promotores de Justiça do Distrito Federal, acusados de envolvimento em um esquema de corrupção e pagamento de propina revelados pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O julgamento começou no dia 6 de abril, mas foi interrompido por um pedido de vista do conselheiro Achiles Siquara, que vota agora.
Quando o julgamento foi interrompido, o relator Luiz Moreira já havia pedido a demissão dos dois promotores por exigência de vantagem indevida do ex-governador José Roberto Arruda e pelo vazamento de informações sobre a Operação Megabyte. O relator também pediu a suspensão de Deborah Guerner, por 60 dias, e de Leonardo Bandarra, por 150 dias. Anteciparam voto os conselheiros Almino Afonso e Bruno Dantas, seguindo o relator.
Segundo o regimento do CNMP, o corregedor nacional não vota em processos disciplinares e o presidente vota apenas em caso de empate. No total, 13 conselheiros devem votar no caso dos dois promotores.
Deborah Guerner chegou a pedir que o julgamento ocorresse a portas fechadas, mas o pedido foi negado pelo relator.