O Ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, prestou esclarecimentos, nesta terça-feira, sobre a multiplicação de seu patrimônio entre 2006 e 2010. Em e-mail enviado a vários parlamentares pela assessoria da Casa Civil, o ministro se defendeu de suspeitas levantadas sobre seu rápido enriquecimento e afirmou que outras pessoas com passagem por setores econômicos do governo, como o Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central, também apresentaram um crescimento em seu patrimônio porque passaram a ser valorizados no mercado privado. ''No mercado de capitais e em outros setores, a passagem por por Ministério da Fazenda, BNDES ou Banco Central proporciona uma experiência única que dá enorme valor a estes profissionais mo mercado'', afirma a nota. Palocci foi Ministro da Fazenda entre 2003 e 2006.
O esclarecimento cita ainda que "muitos ministros importantes também fizeram o percurso inverso, vieram do setor privado para o governo". Nesse trecho são citados Alcides Tápias, Armínio Fraga e Henrique Meirelles. A mensagem afirma que "o patrimônio auferido pela empresa (de Palocci) foi fruto desta atividade e é compatível com as receitas realizadas nos anos de exercícios".
Na defesa do chefe da Casa Civil, consta que todas as informações sobre seu patrimônio foram declaradas à Receita em seu imposto de renda e que todas as informações fiscais e contábeis da empresa Projeto foram enviadas à Receita Federal.
A assessoria da Casa Civil também informa que ''as informações sobre a empresa e as medidas tomadas para prevenir conflito de interesses foram registradas junto à Comissão de Ética Pública da Presidência da República quando da posse do ministro''.
Empresa
De acordo com a nota, a empresa Projeto, aberta em 2006, prestou serviços de consultoria para clientes da iniciativa privada, mas a gestão dos recursos financeiros da empresa foi transferida a uma gestora de recursos, para evitar conflitos de interesse com o cargo de ministro.
A defesa afirma ainda que o objeto social da sociedade foi modificado antes da posse de Palocci como ministro, de forma que atualmente as únicas funções da empresa são administrar um um apartamento de R$ 6,6 milhões e um escritório avaliado em R$ 882 mil, ambos em São Paulo.
*Com agências