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Estado de Minas

Deputado do PPS acusa polícia de barrar protesto contra Palocci


postado em 18/05/2011 13:17 / atualizado em 18/05/2011 13:19

A eventual convocação do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci para prestar esclarecimentos sobre o aumento de seu patrimônio provocou um clima tenso na Câmara entre governo e oposição. No fim da manhã desta quarta, o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), foi impedido pela segurança da Câmara de colocar cartazes com a inscrição "Blindagem de Palocci" nas comissões temáticas.

"A Polícia Legislativa não pode se tornar tropa de choque do governo. Não pode desrespeitar o direito de livre manifestação", protestou Bueno no plenário. Ele anunciou que vai representar contra a Polícia Legislativa na Mesa da Câmara.

Depois que o governo conseguiu suspender as reuniões das comissões para evitar a votação de requerimentos de convocação de Palocci, a oposição está fazendo uma ofensiva no plenário da Câmara, apresentando requerimentos para ouvir o ministro.

"O ministro Palocci deve explicações ao Brasil e elas devem ser prestadas no Congresso. Quem não deve não teme, temos de ter uma vida transparente. Se o ministro não quer vir ao Congresso é porque não tem como explicar", afirmou o líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA).

O deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) criticou a explicação enviada por Palocci aos parlamentares. "Os nomes citados por ele estão em atividades privadas de forma pública, em escritórios definidos e de conhecimento público. Palocci tinha uma atividade secreta", disse o tucano.

Ele contestou a cláusula de confidencialidade alegada por Palocci. "Isso não vale para quem fez vida pública. É como não se declarasse Imposto de Renda", disse Jutahy. Ele afirmou que a cláusula de confidencialidade pode valer para o conteúdo do contrato, mas não para quem Palocci prestou consultoria.

Para justificar o enriquecimento súbito, o ministro Palocci enviou e-mail para os deputados com exemplos de ex-ministros e ex-presidentes do Banco Central que multiplicaram seus patrimônios depois da passagem pelo governo.


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