O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse, nesta quarta-feira, que não está preocupado com a representação protocolada contra ele no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar. O P-SOL, autor da representação, alega que a atitude de Bolsonaro não é condizente com a de um parlamentar. O parlamentar respondeu com xingamentos aos membros da legenda.
O pedido de investigação feito pelo PSOL ao Conselho de Ética trata da discussão entre Bolsonaro e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), após uma reunião na Comissão de Direitos Humanos que debatia o projeto que criminaliza a homofobia. Bolsonaro exibiu um panfleto contra a ampliação dos direitos dos homossexuais, o que irritou Marinor Brito, que chegou a bater na mão do deputado. Marinor tentou impedir que Bolsonaro exibisse o panfleto e o chamou de homofóbico. ''Eu estou me lixando para a senadora. Eu vou responder à senadora num papel higiênico'', disse Bolsonaro. ''A imagem está lá. Ela me deu uma porrada, me xingou de homofóbico, de corrupto e de assassino. Daí eu feri a feminilidade dela? As mulheres do Brasil que me desculpem, mas não são iguais a ela não'', afirmou. Essa é a oitava representação contra Bolsonaro na Câmara. Mais sete ainda aguardam na Mesa Diretora e deverão ser encaminhadas ao Conselho de Ética. Todas devem tramitar em conjunto.