O presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Barros Munhoz (PSDB), uniu-se ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), na defesa do nome de José Serra (PSDB) para a direção do Instituto Teotônio Vilela (ITV). "A indicação de José Serra para o Instituto Teotônio Vilela seria ótima. Eu não conversei com ele a respeito, mas para o PSDB seria excelente", considerou o tucano. "O homem é capaz de fazer desse instituto o que ele precisa ser, e o que hoje ele não é", acrescentou. Na avaliação do parlamentar, hoje as entidades e organismos do PSDB "não funcionam bem".
"Esses organismos devem ser estimulados e devem funcionar bem. No nosso caso, por exemplo, não funcionam bem." Munhoz defendeu ainda o que chamou de uma "renovação" para o comando nacional do PSDB. Na avaliação dele, o atual presidente da sigla, deputado federal Sérgio Guerra (PE), fez um bom trabalho, mas seria oportuno no atual momento um presidente com uma "postura mais oposicionista".
A disputa pelo comando do ITV criou nos últimos dias um novo impasse no PSDB, que já enfrenta uma cizânia em torno da composição da Executiva Nacional. A bancada do PSDB no Senado convidou formalmente o ex-senador Tasso Jereissati para dirigir o instituto, o que não agradou a aliados de José Serra. Desde a derrota de Serra nas eleições presidenciais de 2010, seus correligionários têm defendido a sua indicação para o instituto. Alckmin, que tem agido pessoalmente para que a legenda chegue a um consenso, também tem encampado em público o nome do ex-governador para o ITV. "Eu acho o Serra um ótimo nome, preparadíssimo. Ele pode dar uma boa contribuição ao partido no Instituto Teotônio Vilela", disse na última quinta-feira o governador.
O Instituto Teotônio Vilela é o órgão de estudos e formação política ligado ao PSDB, fundado em 1995. A ação do ITV se estende - a partir de sua sede, em Brasília - pelos 26 Estados. Nas eleições, a entidade se volta ao preparo e treinamento dos candidatos, especialmente nos pleitos municipais.