A defesa dos acusados de participação em esquema de fraudes em licitações da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento de Campinas (Sanasa) denunciam “terrorismo judicial” contra seus clientes, presos preventivamente desde sexta-feira no 2.º Distrito Policial.
A listagem de prisão contém 20 nomes. Nove são considerados foragidos da Justiça, entre eles o vice prefeito Demétrio Vilagra (PT), os secretários de segurança, Carlos Henrique Pinto e das Comunicações, Francisco de Lagos. Ficou de fora Rosely Nassin Jorge Santos - mulher e chefe de gabinete do prefeito de Campinas, Dr. Hélio (PDT) - que dispõe de um habeas corpus preventivo.
Apressado e impaciente, com um calhamaço de papeis dobrados na mão, Botelho foi até a sala anexa do 2.º Distrito Policial, local onde são levados os presos temporários comuns, no começo da tarde de domingo. Enquanto aguardava que a carceragem lhe abrisse o portão, ele argumentava não ver a necessidade de prisão de seu cliente. “Em todas as ocasiões, ele atendeu ao chamado dos promotores e colabora com a Justiça.” Segundo o advogado, “a ordem de prisão expedida na sexta-feira foi uma tentativa de desestabilizar as pessoas detidas e dificultar o trabalho dos advogados”. E acrescentou que vai pedir um habeas corpus