São Paulo - A prefeitura de Campinas exonerou nesta terça dois secretários municipais suspeitos de integrar um grupo que fraudava contratos públicos. As exonerações do secretário de Segurança Pública, Carlos Henrique Pinto, e do coordenador de Comunicação, Francisco de Lagos Viana Chagas, foram publicadas no Diário Oficial do município desta terça-feira.
Segundo o Ministério Público, as 20 pessoas são suspeitas de integrar um esquema de fraudes em concorrência e contratação de serviços pela Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), um empresa controlada pela Prefeitura de Campinas. Ao todo, 11 pessoas estão presas temporariamente.
Nessa segunda-feira, o vice-prefeito, Demétrio Vilagra, deixou a presidência da Centrais de Abastecimento de Campinas (Ceasa). Mas não pediu afastamento do cargo que ocupa na prefeitura.
Na noite dessa segunda-feira, o plenário da Câmara Municipal de Campinas aprovou, por unanimidade, a instalação de uma Comissão Processante para apurar denúncias de fraudes em licitações e superfaturamento de preços em contratos da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa).
Nesta terça, os promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) continuam interrogando as pessoas detidas na operação. Eles ouviram ontem quatro dos 11 suspeitos detidos. Já prestaram depoimento João Tomaz Pereira Júnior, João Carlos Gutierrez, Gregório Wanderlei Cerveira e Valdir Carlos Boscato. O prazo das prisões temporárias dos suspeitos vence às 23h59 desta terça-feira (24), mas poderá ser renovado por mais cinco dias.