Brasília - A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, garantiu nesta quinta-feira que o governo federal tenta acelerar os procedimentos de regularização fundiária e ambiental de assentamentos rurais, o que pode reduzir a violência no campo. Ao participar, em Brasília, da reunião do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a ministra afirmou que a legalização dos assentamentos é uma das principais formas de minimizar o problema.
“Não é possível que o país fique exposto a sucessivos crimes dessa natureza”, declarou Izabella Teixeira, para quem os sucessivos crimes contra sindicalistas, ambientalistas e defensores dos direitos humanos funcionam como um intolerável recado de que, no país, defender o meio ambiente é uma ameaça de morte.
“Acho inaceitável que a sociedade brasileira tolere ou permita que este tipo de prática ocorra. Os governos federal e estadual estão fazendo todos os esforços para apurar esse crime e eu tenho certeza de que vamos pegar os criminosos”, afirmou a ministra.
Izabella Teixeira também comentou a aprovação pela Câmara dos Deputados do novo texto do Código Florestal, que será apreciado pelo Senado e submetido, ainda, a sanção ou veto da presidente da República, Dilma Rousseff.
A ministra disse estar tranquila pois, mesmo o governo federal tendo sido derrotado na Câmara dos Deputados, a proposta é “sólida, coerente e foi negociada com todos os setores da sociedade de forma a olhar para o futuro, e não apenas para o passado, para a resolução do passivo de alguns agricultores”.
“Tenho certeza de que o processo na Câmara foi um aprendizado e que iremos para o Senado discutir a proposta que não é só do ministério, mas sim do governo federal. E a presidente [Dilma Rousseff] já afirmou que seu compromisso está mantido”, disse a ministra, em referência à intenção do governo de tentar reverter, no Senado, a aprovação de itens como a anistia para quem desmatou áreas de preservação permanente ou de reserva legal até 2008 e que repassa aos governos estaduais e do Distrito Federal poder de decidir sobre atividades agropecuárias em áreas de preservação permanente.