Principal aliado do governo, o PMDB colocou um “preço” para proteger o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, do constrangimento de ter de explicar a evolução de seu patrimônio no Congresso ou de ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A fatura já começou a ser apresentada e até o vice-presidente da República, Michel Temer, terá de ajudar a pagar esta conta, na condição de presidente de honra do PMDB.
Em meio à avalanche de críticas e queixas de parlamentares como Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que pediu audiência a Palocci há dois meses e meio e nunca obteve resposta, Temer foi cobrado como vice da República e como presidente do PMDB.
Dissidente que coordenou a campanha presidencial do tucano José Serra em Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB) contou que tem o apoio da bancada peemedebista para relatar o Código Florestal no Senado e pediu ajuda para evitar qualquer veto “descabido” do governo a seu nome, uma vez que ele não é “radical”. Mais do que a relatoria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ele quer ser o relator do Código na Comissão de Agricultura, que analisará o mérito da proposta.