A nova ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT-PR), é conhecida nos corredores do Congresso Nacional, mas não tem o apelo midiático de seu antecessor, Antonio Palocci. Hoffmann, 45 anos, é natural de Curitiba, Paraná, e casada com o ministro das Telecomunicações, Paulo Bernardo.
Há seis dias atrás, a senadora participou de um almoço com petistas, onde teria pedido a saída de Palocci. Depois do evento, ela negou que tenha defendido o afastamento, mas cobrou explicações do ministro.
Apontada como uma senadora discreta e de perfil técnico, iniciou suia vida política no movimento estudantil e é filiada do PT desde 1989. Antes de ingressar na vida política, Hoffmann foi secretária de Estado no Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública em Londrina, no Paraná. Em 2002, integrou a equipe de transição de governo do presidente Lula, ao lado de Dilma Rousseff.
No mesmo ano, assumiu o cargo de diretora financeira da usina de Itaipu. Em 2006, foi candidata do PT ao Senado pelo Paraná e em 2008, tornou-se candidata do partido (PT) à prefeitura de Curitiba, mas perdeu para o atual governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Mas foi somente em 2010 que se elegeu para o cargo de senadora. No Congresso, Gleisi é uma das defensoras ferrenhas do governo federal, costumando fazer apartes aos discursos da oposição para responder às críticas à gestão de Dilma.
Logo depois da notícia de que Gleisi assumiria o comando do ministério mais importante do governo, petistas elogiaram a escolha da ministra. Já o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, criticou a escolha da senadora. ''Ela tem menos experiência do que deveria ter para operar um ministério daquele tamanho'', afirmou.