Senadores destacam lealdade de Gleisi Hoffmann ao governo Dilma

O convite da presidente Dilma Rousseff à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para ocupar o cargo de ministra da Casa Civil, repercutiu entre seus colegas, tanto do bloco de apoio ao governo quanto da oposição. O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), elogiou a escolha da presidente. Para ele, a indicação representa "um avanço importante" no governo e um sinal de prestígio da bancada petista no Senado.

"A senadora é uma pessoa competente e com grande sensibilidade política. Ela tem larga experiência em gestão e desempenhará um grande papel à frente da Casa Civil, além de sempre ter sido leal aos projetos do governo e à presidente Dilma", declarou. Já o líder do PCdoB, senador Inácio Arruda (CE), disse que Gleisi Hoffmann terá dois grandes desafios no novo cargo: trabalhar a relação política do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional e repartir melhor o governo entre os aliados.

Inácio Arruda ressaltou que ter uma "maioria confortável" não dá ao governo o direito de fazer o que bem quiser.
"Karl Marx mesmo dizia que tudo o que é sólido se dissolve no ar", afirmou. O segundo desafio, afirmou o senador, é ter uma estratégia para distribuir melhor as responsabilidades do governo. "A boa convivência exige mais parceria com os aliados. Está faltando uma conversa mais próxima", advertiu.

O líder do PSB, senador Antonio Carlos Valadares (SE), disse que Gleisi Hoffmann é "uma senadora de grande capacidade". Já o senador Pedro Simon (PMDB-RS) classificou a escolha de Gleisi como "muito corajosa e muito feliz". Para ele, é bom para o Congresso ter a senadora como interlocutora.

O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), lembrou que Gleisi Hoffmann tem se destacado como "uma combativa senadora da base do governo". O senador, no entanto, teme o "radicalismo" da colega. "Não é 'tratorando' a oposição que vamos estabelecer o diálogo", alertou.