Os jornais argentinos afirmam que a saída de Antonio Palocci, ex-ministro chefe da Casa Civil, é um duro golpe para a presidente Dilma Rousseff, já que ele era considerado o ministro mais importante do governo brasileiro. O assunto foi capa de todos os jornais locais.
O "La Nación" afirma que "Dilma não queria a volta de Palocci ao primeiro time do governo, mas o fez porque a sombra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é ainda prolongada em Brasília".
Para o jornal "Clarín", o pedido de demissão de Palocci, anunciado ontem, após suspeitas de enriquecimento ilícito e tráfico de influência, "tem um conteúdo de alta voltagem política". O "Clarín" opinou que, "a priori, nada há que questionar sobre a multiplicação de sua fortuna que não mereça também o julgamento dos mesmos políticos, todos eles parlamentares opositores, que o condenam".
O jornal de maior circulação da Argentina afirmou também que o agora ex-ministro chefe da Casa Civil era um bom candidato governista para as eleições presidenciais de 2014 ou 2018. O diário econômico "Ámbito Financiero" disse que "Dilma perdeu seu superministro e parte de seu crédito". O caso Palocci, ressaltou "provocou erosões na figura política de Dilma, que começou a cair nas pesquisas de opinião pública".