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Estado de Minas

Para Aécio Neves, indicação de Gleisi não supre articulação


postado em 08/06/2011 13:44 / atualizado em 08/06/2011 13:46

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) avaliou nesta quarta-feira que a indicação da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para o lugar do ex-ministro Antonio Palocci na Casa Civil não preenche a lacuna da articulação política com o Congresso. Aécio lembrou que o foco da atuação de Gleisi será na gestão da pasta, como ela mesma disse ontem.

"Havia uma soberba na relação da maioria com a minoria", disse Aécio, referindo-se ao atropelo da base nas votações e na aprovação de medidas provisórias sem nenhuma discussão. "Espero que essa crise sirva de lição para que a maioria compreenda que o papel da minoria é essencial em uma democracia. É o momento de reiniciar uma relação de mais respeito com a minoria", disse.

Aécio também lamentou que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado tenha rejeitado hoje, por 14 votos a 7, dois requerimentos convidando o Palocci para depor. De iniciativa do PSDB e do PSOL, tratava-se inicialmente de convocações. Porém, como só os ministros de Estado são obrigados a atender os chamados do Congresso, os pedidos perderam força com a saída de Palocci. Mesmo se fossem aprovados, o ex-ministro não seria obrigado a atendê-los.

"Não temos mais a prerrogativa da convocação (com a demissão de Palocci). Mas, do ponto de vista de esclarecimento, há ainda um grande interesse da sociedade. O convite seria uma forma democrática para que o ministro se explicasse", afirmou Aécio. Ele disse que a oposição continuará fazendo cobranças, mas tem de se curvar ao peso da maioria. Numericamente a oposição não tem chance de aprovar o convite a Palocci.


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