O relator do processo contra Jaqueline Roriz (PMN-DF), deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), recomendou a cassação da parlamentar em razão do vídeo, gravado em 2006, que flagrou a deputada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, operador e delator do esquema conhecido como mensalão do DEM.
Segundo Sampaio, as ações de Jaqueline revelam ''conduta reprovável e indecorosa''. ''Tal comportamento fere a respeitabilidade desta casa legislativa perante a sociedade%u201D, disse há pouco, na leitura de seu parecer, no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Se o colegiado aprovar o relatório, o texto será enviado para votação no Plenário. Carlos Sampaio recomendou o arquivamento das outras três denúncias contra Jaqueline: A primeira é sobre o recebimento de propina para aprovação do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot) do Distrito Federal, quando ela era deputada distrital. Segundo o relator, não há provas que confirmem a denúncia. A degunda denúncia é por omissão, na declaração de renda enviada à Câmara, do dinheiro recebido de Durval Barbosa. Nesse caso, Sampaio concordou com a defesa da deputada, que argumentou que a declaração é anual e, portanto, não caberia apresentar, em 2011, valores recebidos em 2006. Por fim, a deputada era acusada de uso de verba indenizatória da Câmara para pagamento de despesas de um imóvel de propriedade do marido dela, Manoel Neto. O relator afirmou que a defesa da deputada apresentou provas de que os gastos destinaram-se somente ao pagamento do condomínio da sala, usada como escritório político. Segundo Sampaio, as provas da defesa são claras e não houve qualquer documento em contrário.