Brasília – No dia em que exonerou Antonio Palocci e nomeou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) para a chefia da Casa Civil, a presidente Dilma Rousseff indicou um aliado paranaense da nova ministra para o cargo de conselheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ex-governador do Paraná Orlando Pessuti (PMDB) foi nomeado integrante do Conselho de Administração do BNDES. A nomeação saiu na mesma página do Diário Oficial da União onde consta a exoneração de Palocci e a confirmação da substituta.
Pessuti e Souza estiveram na despedida de Gleisi no Senado e na posse dela na Casa Civil. "Estou pronto para as reuniões do Conselho do BNDES. Seria bom que as reuniões fossem diárias, em Brasília", disse o ex-governador. As reuniões do conselho do BNDES são feitas no Rio de Janeiro, de três em três meses. O salário do conselheiro é de pouco mais de R$ 5 mil.
O peemedebista diz ter sido surpreendido com a escolha de Gleisi para a Casa Civil. Vice-governador por duas vezes, nos mandatos de Roberto Requião, Pessuti assumiu o governo por nove meses, depois da renúncia de Requião para disputar o Senado. Antes, exerceu o mandato de deputado estadual por cinco vezes. Por 12 anos, Sérgio de Souza, que substitui Gleisi, foi assessor de Pessuti. O agora senador — a posse pode sair hoje ou no início da próxima semana — está filiado ao PMDB desde 1996. Nunca exerceu um mandato eletivo, nem disputou uma eleição.