Brasília - O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, lamentou nesta quinta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou o pedido de extradição de Cesare Battisti, feito pelo governo italiano, e determinou a imediata libertação do ativista. Em comunicado, Napolitano afirma que a decisão tem um “significado gravemente lesivo” e fere acordos firmados entre italianos e brasileiros.
Em seguida, o comunicado acrescenta que “a decisão contrasta com as históricas relações de amizade e consanguinidade entre os dois países". No passado, Napolitano integrou os quadros do antigo Partido Comunista Italiano.
A Itália anunciou que vai recorrer à Corte Internacional de Haia, na Holanda, para tentar reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não extraditar Battisti, libertado ontem (8) por decisão dos ministros da instituição.
Preso no Rio de Janeiro em 2007, o ex-ativista fora condenado à prisão perpétua na Itália por assassinato, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele alega ser perseguido politicamente pelas autoridades italianas.