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Estado de Minas

Decisão de manter Battisti no Brasil é 'gravemente lesiva', diz presidente da Itália


postado em 09/06/2011 12:05 / atualizado em 09/06/2011 12:16

Brasília - O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, lamentou nesta quinta-feira a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que rejeitou o pedido de extradição de Cesare Battisti, feito pelo governo italiano, e determinou a imediata libertação do ativista. Em comunicado, Napolitano afirma que a decisão tem um “significado gravemente lesivo” e fere acordos firmados entre italianos e brasileiros.

"A sentença do Supremo Tribunal brasileiro assume um significado gravemente lesivo do respeito devido aos acordo assinados sobre o tema entre Itália e Brasil, e à luta contra o terrorismo conduzida pela Itália na defesa das liberdades e instituições democráticas, no rigoroso respeito das regras do Estado de Direito", diz o texto.

Em seguida, o comunicado acrescenta que “a decisão contrasta com as históricas relações de amizade e consanguinidade entre os dois países". No passado, Napolitano integrou os quadros do antigo Partido Comunista Italiano.

A Itália anunciou que vai recorrer à Corte Internacional de Haia, na Holanda, para tentar reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não extraditar Battisti, libertado ontem (8) por decisão dos ministros da instituição.

Preso no Rio de Janeiro em 2007, o ex-ativista fora condenado à prisão perpétua na Itália por assassinato, quando integrava o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC). Ele alega ser perseguido politicamente pelas autoridades italianas.


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