O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), admitiu hoje (9) que passa por uma situação ''constrangedora'', ao ter seu nome citado nos jornais como possível substituto do ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Luiz Sérgio, colega de partido e amigo pessoal. Vaccarezza foi incisivo ao afirmar a jornalistas que não é postulante ao cargo.
''Não existe movimentação para ter articulação. Primeiro, não existe candidato a ministro, essa é uma decisão da presidenta'', disse Vaccarezza. Quando um nome passa a ser citado na imprensa, acaba sendo escolhido outro, afirmou Vaccarezza, que, até o momento, não recebeu qualquer telefonema da presidenta Dilma Rousseff. No início da tarde, ele foi ao gabinete do líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), para uma reunião da qual participaram também o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o vice-líder do governo, Gim Argello (PTB-DF). Em seguida, o deputado conversou com o líder do PT e do bloco de apoio ao governo no Senado, Humberto Costa (PE). Vaccarezza destacou que, em nenhum dos dois encontros, foi discutida a possibilidade de mudança no comando da Secretaria de Relações Institucionais. O deputado informou que, nos dois encontros, o tema foi a busca de uma articulação que propicie tramitação rápida, na Câmara e no Senado, de matérias como a proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera o rito de tramitação das medidas provisórias e a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que repassa mais recursos para a Saúde.