Brasília - A divulgação total de documentos ultrassecretos do governo poderia %u201Cabrir feridas%u201D, disse nesta segunda-feira o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Ele defende o sigilo eterno para algumas informações confidenciais do país, por exemplo, as que se referem a questões diplomáticas.
%u201CA abertura total não. Documentos históricos, que fazem parte da nossa história diplomática, que tenham articulações, como a que Rio Branco teve que fazer muitas vezes, não podemos revelar esses documentos, senão vamos abrir feridas%u201D, afirmou. Ex-presidente da República, Sarney disse que os documentos sigilos que digam respeito ao %u201Cpassado recente%u201D do país devem ser divulgados. %u201CDe minha parte, acho que os nossos antepassados deixaram o país com fronteiras tranquilas, sem nenhum atrito com nenhum país. A nossa história foi construída não com batalhas, mas em negociação%u201D, argumentou. %u201CQuanto ao passado recente, penso que deva ser liberado mesmo. Quanto a mim, os meus documentos já são públicos, estão na Fundação José Sarney mais de 400 mil documentos para todas as consultas%u201D, acrescentou. A Lei Geral de Acesso à Informação está em análise no Senado. O texto estabelece, por exemplo, prazo máximo de 50 anos para o sigilo de documentos públicos.