Responsável pela polêmica sobre o projeto de lei que dá acesso a documentos sigilosos do governo - juntamente com o presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Fernando Collor - o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), mandou sua assessoria distribuir na tarde de hoje um projeto sobre o que ele considera que deve constar na futura lei. O texto foi examinado por quatro comissões no Senado e na Câmara, onde foi aprovado no plenário. Na abertura, o texto de Sarney informa que o senador deseja mantê-lo "tal como foi encaminhado ao Congresso pelo presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. "O senador entende que o projeto foi desvirtuado por emendas que suprimiram partes importantes do texto original", informa. A mudança principal defendida pelos senadores se resume a manter o sigilo eterno de informações classificadas como ultrassecretas. Na opinião de Sarney, da forma prevista no artigo 30, segundo o qual "sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso ou divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do País, observado o prazo de 25 anos".