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Estado de Minas

Ministro rebate críticas às regras de licitação para obras da Copa e das Olimpíadas


postado em 17/06/2011 15:09

As críticas à Medida Provisória 527, que criou um Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) para obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 são consequência do conflito entre os interesses público e privado, disse hoje (17) o ministro do Esporte, Orlando Silva. Segundo ele, "a proposta é explícita no sentido de querer acabar com o instituto dos aditivos''. Nem o texto original nem o que foi aprovado pela Câmara dos Deputados, assinalou Silva, comprometem a transparência do processo.

''Estamos convencidos que o projeto encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional moderniza a Lei de Licitações no Brasil. O objetivo é aperfeiçoar as regras, garantindo transparência e redução de preços. O projeto votado na Câmara também serve ao mesmo objetivo%u201D, afirmou o ministro. %u201CNão tenho a menor dúvida de que o que está acontecendo é um conflito entre interesse publico e privado.%u201D De acordo com o ministro, a presidenta Dilma Rousseff deu ordem explícita para que ''todo processo de preparação da Copa e das Olimpíadas seja pautado pela máxima transparência, tanto para os órgãos de controle como para a sociedade.'' ''Não há, portanto, restrição à publicação desses dados. O que há é que, durante o processo de licitação, os concorrentes e as empresas interessadas não terão acesso ao orçamento. Nessa etapa, apenas os órgãos de fiscalização terão [acesso]'', acrescentou, após reiterar que a MP ajudará a pôr fim à combinação de preços entre as empresas interessadas em impor valores às obras. O projeto foi elaborado levando em conta experiências nacionais e internacionais, destacou Silva. O ministro citou como exemplo as diretrizes que constam do documento Organização para o Desenvolvimento da Comunidade Europeia, destinado a %u201Ccombater o conluio das concorrências%u201D. ''Se [as empresas] descobrirem os valores que o governo tem para a obra, vão pedir algo próximo esse preço, o que não é justo. Agora, o preço não será mais em função da capacidade de pagar, mas terá como base o custo real da obra'', disse o ministro.


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