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Estado de Minas

Sigilo de orçamento de obras da Copa do Mundo vai permitir barateamento de custos, defende Miriam


postado em 21/06/2011 20:14 / atualizado em 21/06/2011 20:16

A ministra do Planejamento, Miriam Blechior, defendeu nesta terça-feira o sigilo do orçamento das obras da Copa do Mundo de 2014, que está em discussão no Congresso Nacional, como forma de conseguir baratear os custos. ''O governo acha que isso é melhor para conseguir melhores propostas, para economizar recursos públicos e inibir eventuais combinações entre as empresas. Isso existe em vários países, portanto o governo segue com sua posição da importância de ter mecanismos de garantir preços mais baixos nas licitações'', argumentou.

Segundo a ministra, quando o valor é divulgado, as empresas enviam valores próximos ao estipulado. ''Queremos reservar [não divulgar] esse valor para garantir que as empresas realmente façam uma competição entre si e não usem esse valor como a base, o que não induz à redução do preço. Se eu falo que é R$ 100, um põe R$ 99,90, outro R$ 99,80 e outro R$ 99,50.'' Ela acredita que a disputa será mais justa e o preço tende a cair. ''É isso que interessa para a administração pública [a queda nos orçamentos apresentados]'', disse Miriam. Ela ressaltou que os valores estarão disponíveis para os órgãos de controle e negou que a proposta atrapalhe a transparência do processo licitatório. ''A informação estará disponível para os órgãos de controle. Ela só ficará reservada na primeira etapa do processo, aberta as propostas comerciais, esse número vem a público. Não há nenhuma intenção de encobrir informações, pelo contrário, queremos garantir melhores condições para a administração pública. A execução será toda acompanhada'', garantiu. A polêmica sobre o sigilo do orçamento de obras da Copa começou na semana passada, quando a Câmara dos Deputados aprovou a medida provisória que institui o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) públicas, o que foi criticado por entidades e pela oposição. A ministra do Planejamento reconheceu, no entanto, que alterações podem ser feitas à MP enviada pelo governo ao Congresso Nacional. ''O Congresso é soberano para decidir. O governo mandou a proposta, vamos ver o que o vai acontecer no Congresso'', disse.


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