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Estado de Minas DOSSIÊ DOS 'ALOPRADOS'

Mercadante se defende de acusações: 'caso só voltou à tona porque Quércia está morto'


postado em 28/06/2011 13:27 / atualizado em 28/06/2011 13:37

Minsitro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, participou de audiência de comissão no Senado nesta terça-feira(foto: MARCELLO_CASALJR 16/02/2011 )
Minsitro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, participou de audiência de comissão no Senado nesta terça-feira (foto: MARCELLO_CASALJR 16/02/2011 )
Brasília - O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, negou novamente envolvimento na elaboração de suposto dossiê contra José Serra, do PSDB, na campanha eleitoral de 2006. Ele voltou a dizer que a acusação de que teria se unido a outro candidato ao governo de São Paulo Orestes Quércia para derrubar a candidatura de Serra só voltou à tona porque Quércia não está mais vivo.

“Essa história não para de pé. Se ele [Quércia] tivesse vivo, estaria aqui para desmentir, como desmentiu na época. Ele era aliado do PSDB, nunca foi meu aliado, jamais tive uma conversa pessoal com ele, muito menos durante a campanha eleitoral”, disse na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. “Jamais procurei Orestes Quércia, a campanha dele, a família dele. Nunca tivemos nenhuma relação pessoal, a não ser em debates e eventos públicos”, completou.

Mercadante lembrou que o assunto foi explorado pela imprensa na época. E leu parecer do então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, o inocentando de participação no caso e ressaltando que seu indiciamento pela Polícia Federal foi considerado ilegal pela PGR. “O procurador-geral disse que foi ilegal o ato da autoridade legal, que não poderia ter me investigado sem autorização do STF”, comentou.

E disse que, no mérito da questão, o procurador-geral afirmou que a quebra dos sigilos telefônicos mostram que “não há um único elemento nos autos que aponte para o envolvimento do senador nos fatos”.

O ministro também partiu em defesa da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Ela foi acusada de participação no caso. “Chamar a Ideli [para depor na Câmara ou no Senado] é uma injustiça absolutamente inaceitável. Lamento que no meu partido tenha militantes que venham de uma cultura de enfrentamento. Outros partidos também têm isso. É um equívoco histórico tratar as coisas dessa forma”, afirmou.

O ministro foi convidado para falar na Comissão de Assuntos Econômicos sobre o tema Economia e Competitividade: a Importância da Inovação”, mas, na prática, os senadores tinham interesse em perguntar sobre o suposto dossiê.

Álvaro Dias (PSDB-PR), um dos poucos senadores de oposição presentes na audiência pública, acusou Mercadante de tentar transferir o foco das discussões para Quércia, que já está morto. "Não estamos considerando o envolvimento dele, porque ele não está mais aqui para responder. Se houve a participação dele como coadjuvante no processo, não nos cabe agora indagar, cabe a nós indagar ao senhor", disse.

Em seguida, o senador apresentou três requerimentos. Um pedindo a convocação da atual ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e outros dois convidando o ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso e a ex-senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) para prestar depoimento. Em entrevista à imprensa, Expedito teria dito à Serys sobre a confecção do dossiê. Mercadante leu uma nota enviada pela ex-senadora em que nega a menção de seu nome em encontros com Expedito. Ideli também nega ter participado de reuniões sobre o suposto dossiê.


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