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Estado de Minas SEGUNDO ROUND

Oposição quer tentar convocar Mercadante para se explicar na Câmara


postado em 29/06/2011 07:19

Brasília – A oposição não desistiu de investigar o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e deve tentar convocar o ex-senador para prestar esclarecimentos na Câmara. Apontado como um dos responsáveis pelo dossiê dos aloprados, desmontado em 2006, ele depôs ontem no Senado, mas foi arguido por apenas três senadores oposicionistas. Agora, DEM e PSDB articulam nova convocação de Mercadante na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara. Os tucanos pediram ainda que outros três petistas envolvidos no episódio prestem esclarecimentos no Senado.

O depoimento de Mercadante à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado foi o melhor dos mundos para o atual ministro, por iniciativa da própria oposição. Dos seis parlamentares oposicionistas, apenas os tucanos Álvaro Dias (PR) e Aloysio Nunes (SP), além de Marinor Brito (PSOL-PA), fizeram algum tipo de questionamento. Nenhum parlamentar do DEM compareceu. Sem adversários, Mercadante navegou sob calmaria. "Não devo e não temo o debate. O fato já foi fartamente investigado e meu nome nem sequer estava no relatório final da CPMI (que apurou as denúncias)", defendeu-se. O ministro apontou que a Procuradoria Geral da República deu parecer apontando não haver indício de sua participação no caso.

Em franca desvantagem numérica, os oposicionistas buscaram reforçar a necessidade de reabertura das investigações. "Antes não havia provas (contra Mercadante), mas agora há uma prova testemunhal. No mínimo pede a reabertura do inquérito. Essa comissão foi uma estratégia adotada para esvaziar ações de explicações, como a da Câmara", reclamou Dias. A imprensa publicou supostos diálogos em que o atual secretário de Desenvolvimento Econômico do DF, Expedito Veloso, aponta a participação do ministro na confecção do dossiê, em parceria com o ex-governador de São Paulo, Orestes Quércia. Também teriam participado de diálogos sobre o escândalo a ex-senadora Serys Shlessarenko (PT-MT) e a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. Álvaro Dias ameaçou apresentar requerimentos convocando Veloso, Serys e Ideli.


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