Bolsonaro é acusado pelo Psol de abusar das prerrogativas de parlamentar ao disseminar preconceito e estimular violência com declarações contra negros e homossexuais. A representação cita declarações do parlamentar e uma discussão entre ele e a senadora Marinor Brito (Psol-PA) no dia 12 de maio, durante debate sobre o projeto que criminaliza a homofobia (PLC 122/06, que tramita no Senado). Segundo o Psol, o deputado teria ofendido a senadora.
O texto também relata a participação de Bolsonaro no programa CQC, da TV Bandeirantes. Quando perguntado sobre o que faria se o filho namorasse uma negra, o deputado disse que não discutiria “promiscuidade”. Depois da exibição do programa, Bolsonaro afirmou ter entendido errado a pergunta, confundindo negra com gay. Ambas as acusações estão sendo analisadas em conjunto por Brito.
Prazos
O relator adiantou que o parecer prévio deve pedir a continuidade da investigação contra o parlamentar. Sérgio Brito esclareceu que o prazo para a defesa de Bolsonaro só começa a ser contado após a aprovação do relatório prévio. “A partir daí, são 60 dias úteis para investigação: 10 dias para a defesa, 40 dias para a apuração e 10 dias para a elaboração do relatório final”, disse.
Se for cumprido o cronograma, o parecer final deverá ser votado pelo Conselho de Ética no fim de agosto.